quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ecoturismo e a gestão de áreas especialmente protegidas: as comunidades participando do desenvolvimento local

Amigos, nesses últimos dias nos dedicamos, também, a refletir sobre o turismo, especialmente o ecoturismo, e algumas importantes interfaces que se estabelecem com as áreas protegidas, a gestão de territórios especialmente protegidos ou sob regime especial de administração e sobre a necessária infraestrutura de acesso. Sobre a infraestrutra, demos foco nas estradas-parque.


Nosso trabalho passou por uma revisão conceitual, por uma caracterização do perfil do ecoturista que tem o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) como principal motivador da visita e pela verificação do estado atual de implementação dos mecanismos de gestão das estradas-parque no Brasil. Realizada essa abordagem geral, aprofundamos o olhar em direção a um estudo de caso, a Estrada-parque (EP) Alto Paraíso – Colinas do Sul (rodovia GO – 239), situada no norte do estado de Goiás e que se constitui no principal acesso ao PNCV.

O resultado do trabalho foi enviado na forma de artigo científico ao Ministério do Turismo visando o 5º Salão do Turismo e deverá estar disponível no nosso blog em breve. Neste momento, gostaria de destacar que nos detivemos bastante na idéia de que para essas áreas a serem especialmente gerenciadas, sejam unidades de conservação ou estradas-parque, a efetivação de um competente mecanismo de gestão é fundamental!

E para nossa discussão, coube um empréstimo metodológico e de diretrizes das ciências sociais, pois entendemos que os princípios de inclusão e de democracia-participativa somente valorizam a administração desses espaços de uso público, assim como, inserem as comunidades locais na discussão sobre as prioridades de ação. Essa inclusão social acaba permitindo que todos os envolvidos participem de um processo de educação ambiental prático. A existência da unidade de conservação ou de uma EP pode passar a ser entendida como responsável por uma série de impactos positivos e potencialmente positivos, como foi verificado na EP Alto Paraíso – Colinas do Sul. Também por isso  merece ser protegida.

Para a EP em discussão, entendemos que essa participação social dever ser integrada, também, por segmentos do trade turístico. Sem dúvida! O perfil do ecoturista da região promete ganhos promissores aos empreendimentos já presentes e futuros. E um conselho gestor, pode ser a origem de outros espaços de negociação que viabilizem a execução de projetos em parceria entre governo e sociedade.

E você? O que você pensa sobre as estradas-parque?

Caso tenha interesse, solicite o envio da versão eletrônica do artigo científico. Teremos prazer em enviar e nos aprofundar nesse debate.

Um abraço a todos,
Fernando Vasconcelos
Aimárá Gestão Ambiental
Diretor

Um comentário:

  1. Prezado Fernando, olá!
    Gostei muito da abordagem do txt acima! Fiquei interessada no artigo científico sobre estradas-parque, venho procurando entender melhor sobre a questão e, pelo q tenho visto, os cuidados que vc coloca são de fato fundamentais para o sucesso da gestão socioambiental destas estradas... Estou cursando uma pos graduação (em Negócios da Sustentabilidade) no litoral norte paulista, contexto onde está sendo projetada uma estrada-parque no Parque Estadual da Serra do Mar. Por gentileza, gostaria de recebero artigo, poderia enviar-me no seguinte endereço: acelina007@gmail.com
    Muito obrigada e tbm gostei muito do perfil da Aimará Gestão Ambiental!
    Cordialmente,
    Ana Celina

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